segunda-feira, 7 de julho de 2008

MULHER













É, realmente, ela não tem cura!

É assim mesmo, emoção do corpo, da alma e do espírito. Uma totalidade de sentimentos, uns lógicos e outros nem tanto. Mas sempre sentimentos, na maioria dos seu íntimos momentos, bons e brandos.

Não acredita nos quadrados, sempre nos círculos, ciclos, alterações, sucessões, períodos repetitivos de vidas presentes, passadas e futuras.
Ela é pura intuição, energia. Ela é totalidade de VIDA, ida, Davi, vai, diva, via, dia e tantas quantas outras
palavras for possível se formar com as letras de VIDA.

Ela o vivo, o vermelho, o sol, o fogo, a ação, o movimento, a roda, o diurno e o solar.
Nada passa desapercebido pelos olhos, atentos, desta mulher.
Guerreira e medrosa, exemplo; porém, cheia de erros, harmonica e irregular, estruturada e ainda em processo. Símbólica e metafórica, ela entende o giro da renovação e do triângulo.

E ela renasce, renova-se, ressurge, ressuscita, revela-se, recomeça e se repete a cada dia quando o sol brota lá no oriente de sua essência animal.

Acomodada, resignada e adaptada à sua ressurreição diária,
equilibra seus potenciais sem receios de censuras... Hospeda-se em si mesma, vai de encontro ao silêncio e à serenidade e, então assossega-se. Encontra-se em estado de estar só e plena. Sente a volúpia e o divertimento do antagonismo e da rivalidade de sensações em seu Self.

Ela é o agente psicótico de cada um de nós, de peito aberto ela se expõe, se abre para o outro, se dá sem medos e, ainda assim, ousa querer ser única e ímpar. Alcança proposta do seu âmago inicial de patida.

É capaz de ser impulsiva e comedida ao mesmo tempo. Porém, pede licença para seu ser primeiro para olhar, sentir, cheirar e tocar todo e qualquer estímulo
fragmentado vindo do mundo exterior. Só depois de minucioso exame ela projeta o inteiro. E apodera-se do caos e o reorganiza. Pelo simples prazer de ir de encontro do desestruturado.
Nem poderosa nem pequenina. Apenas o mito MULHER.


Ela é da cor da alma, da libido e do coração. Ela é a sua imagem de mutação, imagem dos que querem a liberdade de amar e o prazer de serem SERES.
Ela constrói e demoli conceitos e (pré) conceitos todos os dias.

Por fim, ela se mostra como a dinâmica das relações de todos nós com o grande universo que nos sustenta vivos e unidos, apesar das distâncias físicas, quânticas e matemáticas.