terça-feira, 9 de setembro de 2008

Malas







Concordo, aposto, aceito os conceitos,
Releio "pré-conceitos", crio acessórios,
Rimo os ritmos, brinco com as palavras,
Não me enquadro às regras preconcebidas,

Frustações existiram, decepções dispersaram-se,
Sentimentos trabalhados e tarja preta ingerida,
Rejeições e repulsas foram inevitáveis,
Somos todos seres humanos em construção,

Digeri o remédio, assimilei os efeitos e esbanjei bem-estar,
Reconheci o estrangeiro, o estranho e neutro,
Exorcizei meus demônios, os gênios do mal e os espíritos malignos,
Optei pelas fadas, anjos, santos, duendes e purezas,

Seduções, cheiros, inconstâncias, fantasias e caprichos atendidos,
Enganos, danças, encantos, desencontros e o meu desencanar,
O ouvir, o escutar, o dizer, o falar, o andar e o caminhar,
Tudo parte desses seis sentidos que me fazem amar,

Não há mais tempo para o pensar só e o examinar,
A introspecção fica aguardando na velha caixa de retalhos,
Espera, passiva, sem fúria, sem medos e sem agonias,
O deleite da colcha, o regalo da concha e a delícia do côncavo,

Urge e surge a mala ríspida, rígida, austera e severa,
Preenchida de aplausos, abraços, acolhimentos e algumas alucinações,
O estrondo do retorno sussura leve e suavemente pelo contorno do cosmos,
A tríade, a trindade e o trinômio seguem,
Cantarolando, unidos, um mesmo refrão,


Um comentário:

Unknown disse...

Como sempre...... Arrasou!!!!!
Te amo!!!!!!!!!
Voltem logooooooooo..........