segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Versando
Cansei de ter como provável o impossível,
Esfalfei-me por cravar as unhas, que não tenho, nas oportunidades,
Reparo que os acontecimentos são lentos demais para minhas retinas,
O realizar-se afigura-se inverossímil,
As ocasiões retardam-se,
O célebre e notável avizinham-se,
Atada e estagnada perco minha mobilidade,
Partir para o combate e confronto não me trariam conforto,
Aconchego-me no ninho do covil,
Mostro-me submissa, mas usando a simulada máscara,
Intrépida, misturo meu líquido volátil ao da cidade,
Consiredações não são mais deferências necessárias,
O existir toma forma de crueldade e insensibilidade,
O ridículo é adequado, justo e conveniente,
O poder é podre, deteriorado e está em decomposiçào,
O adversário é o amigo mais próximo,
Verso, verto, converto credos, crenças e convicções,
Cato meus cacos e acato o caos,
Estilhaços espalhados e destroçados,
Sina, sinal e sinos soam singelos,
Um cheiro de céu estrelado invade minhas narinas,
Perfume de lembranças exala do difusor,
A lama da língua empurra sons que não ecoam decorosamente,
Os dentes se expõem; porém, ocultados pelos lábios,
O martelo martiriza a já maníaca madeira,
Mostro amostras de cansaço,
Ministro a sinistra cadeira,
Feita e forjada de agonias fingidas.
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3 comentários:
Mãe, mestre, amiga, professora, mulher...
Fenomenal!
Mãe........
Senti agonia só de ler!!!!!!! rs
Mas... A-D-O-R-E-I!!!!!!!
Te amoooo!!!!!
Beijos
Cla querida
Poema lindíssimo!
Bjks
Lu
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